A jornada musical Africanias abriu as atividades do mês da Consciência Negra na Uerj ao mostrar, no palco do teatro Odylo Costa, filho, no dia 5 de novembro, que há uma grande conexão entre a cultura africana e a música erudita brasileira. Com a orientação dos professores Andrea Adour e Jonas Maia, os alunos do bacharelado de canto da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e do curso técnico da Fundação de Apoio à Escola Técnica (Faetec) interpretaram peças de canto e piano de compositores da música de concerto brasileira. O repertório evidenciou a forte presença da cultura africana em nossa música.

O projeto faz parte do Programa de Pós-graduação da Escola de Música da UFRJ (PPGM-UFRJ) e tem como proposta compreender o legado africano em diferentes gêneros da música brasileira. É possível entender Africanias como uma herança cultural do continente africano no Brasil escravocrata, presente na língua, no modo de ver o mundo, nas danças, na religiosidade e, principalmente, na música.

Essa cultura chegou ao Brasil durante o período colonial, em que grande parte da mão de obra era oriunda de países africanos. Durante o processo de colonização, os escravos manifestavam suas culturas por meio de cantos, melodias e ritmos para que não perdessem seus costumes e origens, além de marcarem sua presença em sons no novo mundo, por meio do vocabulário e da adaptação do idioma português.

Ao abordar a musicalidade brasileira, é imprescindível ressaltar o legado africano.

Confira a parte musical da apresentação.


Ficha técnica:
Piano – Silas Barbosa
Violão – Fábio Adour
Percussão – Eduardo Lyra
Intérpretes – Dionísio Lins, Lucas Cassin, Sarah Slotto, João Victor Campelo, Marcos Paulo Lima, Renata Vianna e Paulo Maria.