Pesquisa que envolve a Faculdade de Formação de Professores (FFP/Uerj) com apoio da UFRJ (Coppe, Laboratório de Microfósseis e Museu Histórico Nacional), anunciou a descoberta de uma nova espécie de crocodilo fóssil – Roxochampsa paulistanus – que passa a integrar as mais de 40 espécies já descobertas na bacia sedimentar do grupo Bauru.

A investigação começou em 1936: a partir dos fragmentos de uma tíbia e dois dentes localizados no oeste paulista, o paleontólogo Mathias de Oliveira Roxo anunciou ter encontrado um exemplar de goniofolidídeos, espécie que se assemelha aos atuais crocodilos. Roxo nomeou sua descoberta como Goniopholis paulistanus, que habitavam terras que hoje correspondem ao norte da África, América do Norte, Europa e Ásia. Esses poucos fósseis não foram suficientes para explicar como essa linhagem de crocodilianos veio parar no hemisfério sul.

A descoberta de novos fósseis encontrados pela equipe do professor André Pinheiro (FFP/Uerj), na mesma região de São Paulo, possibilitou a elucidação do enigma de 82 anos. A conclusão dos cientistas é de que não se trata da mesma espécie, até porque foram percebidas diferenças significativas entre Goniopholis paulistanus e os goniofolidídeos, comprovando, dessa forma, a existência da nova espécie Roxochampsa paulistanus.