Por Aline Daflon

A realização de testes rápidos para Covid-19 foi regularizada no município do Rio de Janeiro somente para pessoas com quadro respiratório grave. No entanto, especialistas alertam sobre os riscos de um resultado falso negativo.
Para o infectologista Marcos Junqueira do Lago, que comanda a Coordenadoria de Controle de Infecção Hospitalar do Hospital Universitário Pedro Ernesto, os testes possuem pouca sensibilidade e um resultado negativo não tem muita precisão, devido ao período de incubação do vírus.

“É um teste que não tem muita sensibilidade. Se o teste vier positivo ele garante que você já teve a doença, mas se ele vier negativo ele não vai garantir que você não teve. Você vai continuar sem saber se teve ou não a doença.”

A prefeitura do Rio, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, tornou legal a realização dos testes em farmácias, drogarias, consultórios, clínicas médicas e de imunização, laboratórios de análises clínicas e postos de coleta, desde que estejam devidamente licenciados pela Subsecretaria de Vigilância Sanitária e registrados pela Anvisa, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária.
Os profissionais devem receber capacitação e os resultados dos testes devem ser divulgados para as autoridades de saúde.
Segundo o infectologista, os testes podem ser mais prejudiciais que benéficos se não tiverem acompanhamento médico.

“O aspecto ruim disso é que esse teste da farmácia, feito sem indicação médica e sem controle médico, ele pode acabar sendo pior, prejudicando mais do que ajudando. Este teste é bom concordo com ele, mas desde que ele seja solicitado por um médico, avaliado por um médico e interpretado por um médico.”