A Superintendência de Gestão de Pessoas (SGP) realizou a 3ª Semana da Qualidade de Vida no Trabalho. A edição deste ano ocorreu entre os dias 1º e 5 de abril, e contemplou, além do campus Maracanã e do Instituto de Aplicação da Uerj, o Hospital Universitário Pedro Ernesto e a Policlínica Piquet Carneiro. As atividades ofertadas aos servidores e público em geral incluíram oficinas de auriculoterapia, meditação, ginástica laboral, entre outras, que também alcançaram os outros campi pelo atendimento híbrido.

O objetivo da iniciativa é promover a qualidade de vida física e mental por meio do ensino de práticas saudáveis. Carolina Ganeff, servidora da universidade, destacou a importância de eventos como esse para o trabalhador:

“Eu acho de extrema importância para a saúde do trabalhador eles priorizarem essas atividades que fazem a gente focar na saúde mental, não só no trabalho do dia a dia mesmo, mas nessa parte que influencia nesse trabalho de todo o nosso dia. Então, quando eles colocam isso como prioridade, jogam luz sobre a saúde mental, das preocupações de saúde do trabalhador, eu acho que é de extrema importância para melhorar a qualidade de vida no trabalho, dos trabalhadores, dos funcionários para melhorar o ambiente.”

Gabriela Santiago, psicóloga do trabalho, ressalta a necessidade de que as práticas saudáveis no ambiente de trabalho se tornem um hábito. Santiago é uma das integrantes do Serviço de Apoio, Acompanhamento e Qualidade de Vida no Trabalho (Saaq), um dos departamentos responsáveis pela organização do evento.

“ A gente passa muito mais tempo no trabalho do que em casa, então tem que ser um ambiente minimamente suportável, agradável, que se tenha um equilíbrio. Então o nosso objetivo com uma semana de qualidade de vida é que cada vez mais não haja espanto em termos de atividades de autocuidado no trabalho, que isso seja a prática que faz parte no trabalho. A gente não precisa só sofrer aqui, a gente pode tentar achar um equilíbrio”.

O órgão também acolhe os servidores vítimas de assédio e fornece orientações sobre as medidas cabíveis para cada caso. Aline Campos, que também atua como psicóloga do trabalho no Saaq, ressaltou o aumento da participação do público em relação às outras edições:

“A gente já consegue perceber esse aumento mesmo da participação das pessoas. Foi muita gente participando e interagindo conosco porque a proposta não é só que a pessoa participe das ações, é que elas conheçam o serviço através da atividade. A gente consegue se aproximar dessas pessoas e elas tiram dúvidas, querem saber como funciona o atendimento, como marcar um atendimento no Saaq. Então é essa aproximação que a gente visa com a semana.”

Uma importante ferramenta elaborada pelo Saaq é a Cartilha sobre assédio moral. Divulgado em 2020, o documento define o que é assédio moral e quais situações podem se enquadrar neste cenário, além de orientar o servidor sobre quais procedimentos devem ser adotados. Com a criação de uma comissão composta pela Corregedoria, Procuradoria, entre outros órgãos para desenvolver políticas de combate ao assédio, Aline Campos afirma que a cartilha será atualizada:

“Só com a perspectiva do atendimento da psicologia do trabalho, com essa frente mais ampla da comissão, vamos rever também a cartilha, mas ela está nesse mesmo escopo da comissão, que é divulgar, trazer conhecimento sobre o tema.”

Com uma realização mais ampla nesta edição, Aline salientou a intenção de promover mais atividades ao longo do ano:

“Vários professores já conversaram conosco sobre seus projetos e a gente quer colocar algumas ações de uma forma mais constante, como auriculoterapia, ginástica laboral, essas práticas que comumente são relacionadas à qualidade de vida. Normalmente, quando as pessoas pensam no tema, elas se remetem a essas práticas, mas a gente vai continuar divulgando conteúdos educativos para as pessoas terem conhecimento, como educação financeira.

Com produção de Eduardo Moncken, do Rio de Janeiro para a Rádio Uerj, Eduardo de Souza.