No dia 20 de outubro, a Universidade do Estado do Rio de Janeiro fechou com chave de ouro o “Uerj com RJ”. Organizado pela Diretoria de Comunicação Social da universidade, Comuns, em parceria com a Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do estado do Rio de Janeiro, Faperj, o evento teve o objetivo de debater o futuro do Rio de Janeiro e soluções para o desenvolvimento do Estado, promovendo uma construção multidisciplinar, conjunta e colaborativa.

O último dia de evento teve como tema “Saúde”, e contou com especialistas de diversas áreas. A professora Karla Figueiredo, mestre em Engenharia Elétrica e doutora em Sistemas de Computação, e com formação em instituições como PUC-Rio e UFRJ, destacou os impactos do uso das novas tecnologias na área da saúde.

‌“Olha eu acho que os impactos já estão acontecendo. Ontem saiu uma matéria no Globo mencionando resultados obtidos com o próprio chat GPT. E isso mostra só a ponta do processo, dessa avalanche, que tá começando e as pessoas da sociedade estão percebendo”, comentou a professora.

Em sequência, o professor Ricardo de Mattos, doutor em Ciências pela Uerj e mestre em Saúde da Família pela Universidade Estácio de Sá, correlacionou a violência como um fenômeno de e saúde pública e destacou seus impactos.

‌“Na verdade, a violência é um fenômeno de saúde pública, um dos mais graves e mais importantes. Elas, junto das causas externas, que é onde elas se insere, acompanha nos primeiros lugares, inclusive em termos de mortalidade da população. Então, não só ela afeta a gente no nosso cotidiano, inclusive nossos direitos de ir e vir, mas ela também afeta a própria possibilidade de vida e sobrevida da população como um todo”, explicou o professor.

O próximo convidado do debate foi o professor Egberto Gaspar, doutor e mestre em Ciências Biológicas pela UFRJ e médico formado pela Uerj, que comentou sobre o papel da Universidade na saúde pública e destacou a necessidade de defender a ciência como valor para a sociedade.

‌“Em primeiro lugar, a universidade e as faculdades dela têm um papel muito grande no sentido de mostrar a ciência e a tecnologia para a população em geral, para diminuir essa onda que existe de anti-cientificismo, que graça à população. ‘De que ah, não adianta nada a ciência porque as coisas aconteceram de qualquer forma.’ A gente tem isso muito claramente no movimento anti vacina que é um perigo para todos nós”, observou o professor Gaspar.

Fechando o time de palestrantes, Maria Beatriz dos Santos Mota, doutora e mestre em Bioquímica pela UFRJ e farmacêutica formada pela UFF, abordou a importância da biotecnologia no desenvolvimento de técnicas de cuidado à saúde.

‌“A biotecnologia aplicada à saúde é uma área que está crescendo muito. Com a biotecnologia, a gente pode desenvolver novos diagnósticos e desenvolver novos medicamentos também, então, métodos de biotecnologia são muito importantes hoje para a gente ter avanços tecnológicos na área da saúde, no desenvolvimento de diagnósticos e também no desenvolvimento de novos medicamentos e novas formas de tratamento dos pacientes”,  explicou Maria Beatriz.

O debate foi conduzido pela jornalista Lúcia Dantas, formada na Universidade Gama Filho há 30 anos. Lúcia também é especializada em Educação pela Gama Filho, em Gestão de Projetos pela FGV e em História pela UFF.

O evento Uerj com RJ abordou ainda os temas “Educação e Ações Afirmativas”; “Ciência e Tecnologia”; “Economia, Sustentabilidade e Inovação”; e “Comunicação e Ciência”, respectivamente. Os interessados podem acessar o canal do YouTube da TV Uerj para assistir todas as palestras.

Com colaboração de Diedro Barros, do Rio de Janeiro para a Rádio Uerj, Guilherme Rezende.