No dia 16 de outubro, a Universidade do Estado do Rio de Janeiro deu o pontapé inicial no Uerj com RJ. O evento, que já está em sua segunda edição, tem o objetivo de promover o debate entre a universidade e a sociedade fluminense sobre soluções viáveis ao desenvolvimento social e econômico das diferentes regiões do estado, pós-pandemia.

Iniciando as apresentações, o professor Rafael Bastos, do Laboratório de Políticas Públicas da Uerj, expôs uma pesquisa sobre a importância das cotas, principalmente as raciais, e ressaltou o pioneirismo da Uerj na adoção desta política, tornando-se referência para outras universidades.

“Eu acho que é uma percepção de algo que já estava colocado no cenário e que a Uerj, de uma forma pioneira, consegue, de fato, pautar o que depois veio a culminar no futuro, que foi o avanço no direito de algo que se instituiu como um pilar fundamental para a vida universitária hoje, e que enquanto esse Brasil for tão desigual, ainda vai ser uma política incontornável e que deve ser aprimorada e ampliada.”

Sara Wagner York, doutoranda em educação pela faculdade de formação de professores da Uerj, FFP, fez um discurso emocionado sobre a importância das pessoas trans dentro da Universidade. Sara declarou que espera que a Uerj venha aderir às cotas para pessoas trans em breve.

“A gente espera que isso seja uma realidade em algum tempo, não só em alguns programas, mas em toda a universidade, já que ela se coloca como a inovadora em tantos momentos. Por outro lado, essa mesma Uerj também é a universidade que reitera o compromisso com pessoas trans ao longo dos seus últimos anos.”

A professora Valeria de Oliveira, que atualmente é coordenadora do Programa Rompendo Barreiras, discursou sobre a história do projeto e a importância dele para pessoas com deficiências e neuro divergentes, além de todos que pensam em políticas a serem aplicadas na universidade.

“…e faz parte desse grupo estudantes com deficiência, professores com deficiência, servidores técnicos administrativos com deficiência e mobilidade reduzida, e também quem não tem deficiência, para pensar essa política, de forma a aplicá-la nos diversos setores da universidade. Ensino, pesquisa e extensão, na questão do servidor, dos espaços, dos nossos veículos da universidade, na promoção de material didático instrucional para orientação e educação de todos dentro da Universidade.”

Fechando as palestras, a professora Rosana de Oliveira, diretora do Departamento de Políticas e Ações em Educação a Distância da Pró-reitoria de Graduação da Uerj, apresentou informações e dados sobre o programa de graduação a distância da universidade. Pontuou que os alunos do ensino à distância, além do ambiente virtual de aprendizagem, têm acesso aos laboratórios, trabalho de campo e seminários presenciais, o que confere qualidade comprovada aos cursos.

“Por exemplo, os nossos alunos dos cursos à distância fazem a prova do ENADE que é o Exame Nacional do Ensino Superior, e as notas do Enade são equivalentes ou às vezes maiores do que alguns de nossos cursos presenciais. Então isso é um indicativo da qualidade desses cursos.”

O Uerj com RJ acontece até 20 de outubro e contará com os temas Ciência e Tecnologia; Economia, Sustentabilidade e Inovação; Comunicação da Ciência e Saúde.

Com colaboração de Cristina Lameira, do Rio de Janeiro para a Rádio Uerj, Carlos Cavalcante.